A maternidade é, também, a mãe de
todos os clichés. Que nem hajam dúvidas!

Em nenhuma outra experiência as
frases feitas encaixam tão plenamente como nesta coisa de ter filhos. 

“A tua vida nunca mais será a
mesma”, “muda TUDO mas vale a pena”, “são o melhor do mundo”, “é um amor único e incondicional”, “não é fácil mas compensa tudo”… E não é que quem
passava a vida a dizer-me isto não se enganou?!


Bem achava que devia ser
realmente extraordinário, não andariam todos enganadinhos ou a tentar disfarçar
as irreversibilidades duma experiência que defrauda.

De facto a maternidade é a rainha
dos verbos e adjectivos mais intensos e definitivos, e não é por acaso.

Ser mãe/pai é do mais
Arrebatador, Incomparável, Apaixonante, Libertador, Aprisionador
pelo que passaremos nesta vida. Pois é, mais e mais clichés. Mas isto é porque só
esta intensidade de sensações, sentimentos e relações caracteriza devidamente, por vezes insuficientemente, o
que passamos a sentir. 
Porque todos os “ses” e “mas” utilizados para
referir situações menos positivas ou até altamente desgastantes se evaporam quando tudo acaba por se revelar de tal modo enriquecedor que até o pior é bom,
muito bom!  

Sendo A Experiência das experiências,
desde que encarada com naturalidade (a possível) e com a ocitocina a dar uma
mãozinha, os momentos de stress ou desespero perdem valor e tudo se compõe de
forma quase espontânea.   

Relembrando sempre que ser mãe/pai é
mesmo o melhor do mundo. Mesmo!

E concluindo com outro cliché. Só quem por lá passa é que sabe. Mesmo!