Das inúmeras marcações de receitas que proliferam por aqui, seja em livros, blogues ou pintrest, há algumas que se destacam claramente pela vontade enorme que tenho de as provar.

Tenho vários bolos do mundo (já para não falar dos imensos pratalhões salgados) no topo da lista e em claro destaque. Este, que hoje é finalmente partilhado, rivalizada com mais dois ou três que têm de sair logo que possível. Despertam curiosidade e muita gula por mostrarem aquelas características imperdíveis num bom bolo que se preze: decadência, intensidade e gulodice.

Este Italian Cream Cake conquista pelo ar realmente cremoso e decadente. Fôfo mas ao mesmo tempo intenso, texturado e cheio de sabor. Se quiserem estilizar menos e torna-lo de aspecto ainda mais apetitoso podem carregar na quantidade de cremes de recheio e cobertura e atribuir-lhe um aspecto mais orgânico e natural.

 

 

Relativamente às suas origens pouco de concreto se sabe. Por um lado há indicações de que o primeiro registo escrito data de 1913 e surge no Canadá, por outro, existem várias associações ao sul dos Estados Unidos, onde um padeiro de origens italianos o terá criado. Contudo, o uso das nozes, do côco e do queijo creme dão bastante força às suas ligações ao sul dos EUA.
Envolto em muitas dúvidas e teorias confusas foi-se impondo, e a verdade é que é um clássico de algumas zonas da América, muito apreciado, que foi recebendo algumas adaptações e incrementos ao longo dos anos.

É muito simples de fazer e as únicas dicas são mesmo o cuidado necessário as envolver as claras, para que não percam o ar, e também, não triturar demasiado as nozes pecan (como eu fiz) para que a massa fique mais leve na sua essência e os pedaços de noz surjam de forma como pequenos apontamentos de textura, não se dissipando tanto na massa. Fica a nota para uma próxima vez: deixar os pedaços de noz maiores!

Nada mais acrescento, retiro ou altero. Foi um bolo que já havia conquistado antes de o fazer e não defraudou nem um graminha sequer. Um efectiva maravilha. Não deixem de se deliciar com esta coisa boa.

 

BOLO CREMOSO ITALIANO

(receita adaptada do blogue Feast and Farm)

Ingredientes

(10-12 fatias)

|Massa
5 ovos médios
1/2 cháv. de manteiga amolecida
1/2 cháv. de óleo de girassol
2 cháv. de açúcar
2 colheres (sobremesa) de extracto de baunilha
1 cháv. de buttermilk*
2 cháv. de farinha
1 colher (sobremesa) de bicabornato de sódio
1 colher (sobremesa) de fermento
2 cháv. de côco ralado
1/2 cháv. de noz pecan ligeiramente triturada

|Recheio e Cobertura
220 gr de queijo creme (usei tipo Philadelphia) à temperatura ambiente
1/2 cháv. de manteiga (sem sal) amolecida
1 colher (sobremesa) de extracto de baunilha
4-5 colheres (sopa) de açúcar em pó
75 gr de côco ralado tostado (levar ao forno cerca de 10 minutos até ficar douradinho)
75 gr de noz pecan triturada grosseiramente

*juntar ao leite 1 colher (sopa) de sumo de limão e deixar repousar até usar (mínimo 5 minutos).
Nota: a medida da chávena usada é de 180ml

Preparação

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar com manteiga 3 formas redondas com 20 cm de diâmetro, colocar papel vegetal no fundo e untar novamente a base. Reservar.
Separar as gemas das claras. Bater as claras em castelo e reservar.
Bater a manteiga, previamente amolecida, com o óleo até estar envolvido. Acrescentar o açúcar e bater até ficar bem cremoso. De seguida adicionar a baunilha e as gemas e bater um pouco mais.
Adicionar metade da farinha (previamente peneirada), o bicabornato e o fermento e envolver na massa, de seguida acrescentar o buttermilk, misturar e finalizar com a restante farinha envolvendo apenas. Não bater demasiado!
Adicionar o côco ralado e a noz pecan e envolver delicadamente.
Por fim acrescentar as claras em castelo, em 3 vezes, envolvendo bem delicadamente para não perderem o ar.
Distribuir igual quantidade de massa pelas 3 formas e levar ao forno cerca de 20-25 minutos, até estar a superfície estar douradinha, firme e o palito sair seco ao teste. Retirar do forno, deixar arrefecer cerca de 15 minutos, desenformar e deixar a arrefecer sobre grelha.
Para o creme de recheio e cobertura bater o queijo creme com a manteiga até estar bem cremoso, acrescentar a baunilha e o açúcar até este se dissolver completamente.
Para a montagem colocar um dos discos no prato de servir, barrar com creme e repetir até ao último disco. Barrar as laterais e topo com o restante creme e espalhar a mistura de pecan triturada com o côco tostado nas laterais. Decorar a superfície a gosto, com noz pecan inteira, e levar ao frio até servir.
Conservar no frio.