Assim como o pastel de nata não leva natas na sua composição, o mesmo acontece com esta tarte. Inspirada nesse símbolo da nossa doçaria, com a base em massa folhada, um creme similar mas bem mais firme e o escurinho da película da superfície a fechar a composição, é uma sobremesa extremamente comum nas mesas portuguesas e, pelo que percebi da partilha das fotos nas redes sociais, também muito querida.

Se podemos assumir que estamos a comer um pastel de nata gigante? Hummm… Não! Pelo menos para mim assemelhou-se muito mais a um leite creme fatiado. O sabor antes de ir ao forno é realmente muito similar. Gostei imenso do resultado e tenciono repetir com outros aromas.

Lembro-me de ter feito uma receita deste doce há muito anos e de não ter ficado tão rendida como desta vez. Poderá ter sido a ajuda do Pequeno que a tornou mais especial?! Se calhar. Mas um facto é que foi recebida com muita mais vontade e animação.

É realmente simples e tem aquela versatilidade de podermos empregar os aromas que quisermos para a transformar ao nosso gosto. Desta vez segui a tradição, usando canela e limão, mas refresquei-a um pouco mais com o toque da lima. Outras boas sugestões passam por laranja, baunilha, cardamomo, fava tonka. Enfim, como mais gostarem.

Esta surgiu a um sábado à tarde, assim de repente, sem grande intenção de ser partilhada aqui no blogue, mas correu tão bem que não tinha como não o fazer.

Um doce clássico, presente e do agrado geral que, em férias ou não, acho que devem experimentar e, claro, dizer de vossa justiça depois.

 

TARTE DE (PASTEL DE) NATA

Ingredientes

(10 fatias)

1 placa de massa folhada fresca (bem amanteigada, de boa qualidade)
6 gemas médias
220 gr de açúcar
500 ml de leite
250 ml de água
50 gr de farinha
30 gr de amido de milho
4 casquinhas de limão
2 casquinhas de lima
2 paus de canela

Preparação

Num tachinho juntar todos os ingredientes, à excepção da massa folhada, e mexer muito bem até resultar num líquido homogéneo.
Levar a lume brando, mexendo sempre com um batedor de varas, até engrossar. Retirar as cascas de citrinos e os paus de canela, tapar com película aderente junto ao creme e deixar arrefecer.
Pré aquecer o forno a 200ºC. Untar uma tarteira (idealmente de fundo amovível) com manteiga e forrar com a massa folhada. Cortar a massa excedente das laterais, se existir, e reservar.
Quando o creme estiver frio, verter sobre a massa folhada, alisar a superfície e levar ao forno cerca de 25-30 minutos. Se a superfície custar a dourar, colocar na função grill uns 4-5 minutos até atingir a cor desejada, tendo muita atenção para não queimar demasiado.
Retirar do forno, deixar arrefecer e servir.