O que sabia eu destes meninos além de serem os “aussies” constantemente adiados no alinhamento de programação do Sweet World?
Sabia apenas que eram um clássico bolo australiano em forma de fôfos cubinhos, bem simpáticos e apelativos, que há muito queria fazer.
Não que esperasse um resultado surpreendente em termos de sabor e relação de elementos, pois conhecia a simplicidade da receita. Mas prova-los era algo que aguardava há algum tempo.

A surpresa da sócia ao escolhe-los à revelia e unilateralmente como tema do 2º aniversário do desafio, deixou-me bem feliz, confesso. Além de não esperar e ter adorado a consideração, ficam finalmente testados e provados os nossos eternos desgraçados.

É uma receita bem simples, tanto em termos de ingredientes como de execução.
A massa cinge-se a um sponge cake básico, o recheio é normalmente com doce de morango ou framboesa, por vezes leva também um pouco de natas, e a cobertura é uma calda à base de cacau e açúcar que depois permite que o côco, que é o elemento finalizador do doce, adira da melhor forma. Além de que chocolate e côco são um par que nunca falha.

Quis fazê-los bem semelhantes à versão original, e por isso optei por selecionar receitas da conhecida chef australiana Donna Hay. Pois quem melhor do que uma nativa para nos orientar no caminho da autenticidade?
Segui a receita da massa na integra mas promovi algumas alterações nas quantidades de alguns ingredientes da calda de cacau, que me pareceram desajustadas, e a coisa resultou bem.

Dentro do que seria de esperar de um doce desta natureza, considero o resultado interessante. Para meu gosto não direi apaixonante, mas bom, apelativo e bem bonito.
Implico um pouco com a textura do sponge cake e, apesar da massa estar com imensa leveza, continuo a acha-la algo seca. Claro que o recheio vem atenuar esse efeito e resultou maravilhosamente bem em termos de conjugação de sabores.
Aqui, o papel do Doce de Frutos Vermelhos e Vinho do Porto, da Casa do Vale, não podia ter melhor encaixe. Deu um toque sublime.

Para conhecerem as origens e história dos queridos Lamingtons passem no blog da Lia. E não deixem de se aventurar na sua execução e festejar connosco 2 anos de Sweet World que nos deixam tão felizes e orgulhosas.

Vamos lá?

LAMINGTONS

(Receitas de Classic Sponge Cake e Lamingtons, da Donna Hay)

Ingredientes

(8-10 cubos)

|Bolo
4 ovos
110 gr de açúcar fino
100 gr de farinha (sem fermento)
1 colher (chá) de fermento
75 gr de manteiga derretida e fria

|Recheio
Doce de Frutos Vermelhos com Vinho do Porto (Casa do Vale)

|Cobertura
120 gr de açúcar em pó
50 gr de cacau de boa qualidade
120 ml de água a ferver
60 gr de manteiga
Côco ralado qb

Preparação

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Untar com farinha uma forma quadrada de 20x20cm e revestir com papel vegetal também untado. Reservar.
Para o bolo, bater muito bem o açúcar com os ovos, cerca de 12-15 minutos, até duplicar o volume e obter um preparado fôfo e esbranquiçado.
Peneirar a farinha 3 vezes, juntar o fermento e acrescentar aos poucos ao preparado dos ovos, envolvendo delicadamente com uma espátula, sem bater! Adicionar a manteiga e envolver cuidadosamente.
Verter a massa na forma e levar ao forno cerca de 18-20 minutos, até a superfície estar firme e douradinha. Retirar do forno, deixar arrefecer e desenformar.
Cortar a massa em quadrados iguais, com cerca de 4 cm de lado.  Cortar cada quadrado ao meio, no sentido transversal, e rechear com o doce de frutos vermelhos, voltando a formar um cubo.
Para o creme de cobertura, peneirar o açúcar com o cacau para um recipiente com alguma profundidade. Levar a água a ferver e introduzir a manteiga até que derreta. Juntar a água aos secos e mexer bem até estar uniforme.
Com cuidado e com a ajuda de 2 garfos, mergulhar cada quadrado na calda de chocolate e deixar escorrer bem o excesso. Passar pelo côco ralado, até que preencha todas as laterais do cubo, e colocar sobre uma grelha até secar completamente.
Servir.

Nota: para que a massa do bolo fique leve e bem arejada é fundamental envolver a farinha e a manteiga com todo o cuidado, mas sem mexer demasiado.
Nota_1: é essencial retirar bem o excesso de calda de chocolate de forma ao côco agarrar melhor e não começar a “escorrer”.